terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jabba's Mos Eisley - Introdução à Cortina do Sótão (por May A. Greedo)


"Hoje, amigos, a Mos Eisley Boteco Underground vem apresentar-vos nossa mais nova descoberta na música independente brasileira instrumental. Passamos a resenhar a respeito de algo que explique o sonhar e toda a dopamina que este produz na mente humana traduzidos em sons...
Introdução à Cortina do Sótão, o mais recente álbum do ruído/mm, nos remete ao sótão entulhado de sonhos em um passado remoto. Produzido por Paulo Bueno e pela própria banda, o disco é post-rock e valsa, na qual explodem sensações em meio ao profissionalismo de uma banda independente de prestígio dentro e fora do estado do Paraná.
Com seis faixas de grande qualidade, Introdução à Cortina do Sótão pôde ser avaliado ao vivo em seu show de lançamento dia 3 de setembro, no espaço cultural Casinha em Curitiba, e saboreado pelos que compareceram e levaram um exemplar para casa.**
Com base na música instrumental, possui uma essência única em todo o seu desenrolar eletrizante, melódico e por vezes variante, como em 'Valsa dos Desertores', que após suposta melancolia, mergulha em uma típica valsa dançante e, por fim, une ambos os elementos, finalizando em uma melodia diferente das demais, o que dá ao ouvinte a impressão de ouvir três músicas diferentes em uma só faixa, como uma variação harmônica de uma orquestra, por exemplo.
O mesmo acontece em 'Petit Pavé' e em 'Esquimó', com maior destaque para essa variação do que as demais faixas do disco. Em cada faixa uma ou mais descobertas no sótão, que com os passar das faixas lembra o ouvinte da nostalgia e do sonhar escondidos por detrás da cortina.

** para quem não conferiu, mas ficou na vontade de conhecer esse trabalho da banda, o disco será distribuido pelo selo independente Sinewave (http://www.sinewave.com.br/)."

Aqui.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

De Dentro do Sótão (por Pill)

,

Descendo por escadas velhas. 

As paredes suam lentamente.

O limo se acumula nas arestas de objetos empoeirados. Objetos sem sentido ou aplicação.

Fecho os olhos e respiro. Abro os olhos, estou perdido numa escuridão volátil.

Quanto mais fundo respiro, mais o ar se torna denso e rarefeito.

Desesperado, tateio a parede na procura de um escape.

Encontro algo. Empurro com força o que me parece ser um quadro.

A estrutura se mexe levemente e de repente desaba.

Um som seco e opaco antecipa o véu de poeira levantado.

Atrás do quadro encontro um cofre.

Puxo a maçaneta e nada acontece.

Sinto algo estranho acontecendo em meu corpo, meus dedos se afinam e se tornam gélidos.

Mais um segundo se passa, e na ponta de cada dedo ao invés de unhas tenho chaves. 
 
Insiro meu indicador na fechadura.

A porta de abre.  

Dentro do cofre há um cofre menor e, dentro desse, outro em miniatura.

Abro o último e encontro uma fresta, com a espessura de uma cédula.

Respiro o ar fresco que emana da fissura.

O porão me olha assustado.

Evaporo e me dissipo. Escapo pela fresta.
 
Uma corrente me leva e rodopio por canos, dutos e arestas.

Uma  tontura me aflige mas logo passa.

Nada está girando, sou apenas eu subindo uma escada em espiral.

Encontrando meu caminho de volta pela casa.

De volta até a sala ensolarada.

A cada degrau que passa lastros de ferro caem de minhas costas. Caminho sem pés para o alto.
 
Sinto o cheiro de um cachimbo entrando pela janela.

Vejo a copa das árvores aparecendo, a fumaça das chaminés e gradativamente o telhado  das casas.
 
Algo me infla e me assopra. Como velas de uma barcaça.
 
É apenas vento, introdução à cortina do sótão.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

TV e-Paraná - Conheça o som da banda ruído/mm



"Programa e-Cultura, exibido no dia 13/09/2011, na TV e-Paraná. Bloco 2.

A banda curitibana ruído/mm está lançando seu terceiro CD."

Confira o vídeo online aqui!

sábado, 10 de setembro de 2011

Coquetel Molotov - Podcast 10/09/2011


"Começamos o pro­grama desta semana apre­sen­tando as músi­cas ori­gi­nais que ganha­ram ver­sões conhe­ci­dís­si­mas pelas mai­o­res vozes da Jovem Guarda no Brasil. Logo depois damos infor­ma­ções sobre os shows que rolam nas pré­vias do fes­ti­val No Ar Coquetel Molotov 2011. Tem a par­ti­ci­pa­ção de qua­tro ban­das per­nam­bu­ca­nas e mais cinco gru­pos de outros esta­dos.
Nas entre­vis­tas desta semana con­ver­sa­mos com Junior Areia, bai­xista e líder do Grupo de Música Aberta, seu novo pro­jeto musi­cal que em breve terá seu regis­tro ofi­cial lan­çado. Logo depois temos uma entre­vista bem bacana com Marcelo Jeneci em sua pas­sa­gem pelo Recife, onde comenta sobre as indi­ca­ções ao VMB, a nova cena musi­cal bra­si­leira e ainda as liga­ções que pos­sui com o Recife.
O pro­grama ainda mos­tra dois lan­ça­men­tos bem inte­res­san­tes da música ins­tru­men­tal bra­si­leira com músi­cas das ban­das Constantina e ruído/mm.
Encerramos nesta semana com a ses­são ao vivo do trio de música eletro-pop Voyeur no Estúdio Base. Aproveitem!"

Ouça aqui!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

The Sound & The Fury - Introdução à Cortina do Sótão (por Marco Stecz)


"É tudo uma questão de evolução. Simples. E ela se faz notada, em cada espaço, em cada canção, em cada mudança silêncio/barulho. Esclareça uma coisa pra mim: o que um trabalho como este está fazendo aqui? Perdido? Ou de que forma isso não deveria atingir a muitos? Ou será que é melhor assim, apenas para privilegiados? Este álbum do ruído/mm, em tempos que tudo é passageiro aos nossos ouvidos, me fez parar um pouco, para perceber os detalhes, a entrega, a qualidade dos envolvidos, a dedicação e empenho. O andamento das canções cativa, a perfeição e integração de seus componentes é algo arrepiante. Parabéns mesmo ao ruído/mm por essa pequena pérola dos nossos tempos. Este trabalho tem que ganhar o mundo, pois dá de 10 em muita coisa que rola por aí."

Veja aqui.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Hominis Canidae - Introdução à Cortina do Sótão (por Diego Albuquerque)



"Estou tentando não ser repetitivo, mas eu já disse esses dias que o ano de 2011 no instrumental brasileiro ta muito bom e essa semana estou tentando provar isso pra vocês! Eis aqui o novo trabalho de uma das melhores bandas do Brasil, a banda curitibana ruído/mm (ruído por milímetro, escrito em letra minúscula mesmo) realiza em 2011 o lançamento de seu terceiro disco, Introdução à Cortina do Sótão. Uma reunião de valsas distorcidas com a vontade de contar novas histórias. Confesso que não estava esperando um trabalho deles este ano, a banda estava meio que em inércia. Aí não só a banda lança um novo trabalho, este trabalho ainda consegue ser tão bom ou melhor que o último registro da banda (A Praia, de 2008, tem aqui no blog, é foda!). O registro saiu esses dias pela Sinewave e tá aí pra você conferir o que estou querendo dizer, use capacete que vem pedrada..."

Veja aqui!

Miojo Indie - Disco: "Introdução à Cortina do Sótão", ruído/mm (por Cleber Facchi)


"Existe um tipo de particularidade quase mística em torno de qualquer composição lançada pela curitibana ruído/mm. Mesmo a inexistência de palavras ou a ausência de qualquer interação que não a instrumental com o ouvinte, de forma alguma impede que cada música desenvolvida pela banda seja capaz de contar histórias ou expor versos imaginários tomados de concisão. Vindos de um dos trabalhos mais completos lançados na última década e um dos registros que melhor exemplificam a crescente participação do pós-rock em solo nacional (A Praia, de 2008), o quinteto paranaense transforma seu mais novo disco em mais um passeio por um mundo de delírios instrumentais (des)controlados e um lirismo que não carece de palavras para se pronunciar.

Muito longe das experiências jazzísticas que tomavam conta de seu anterior registro, em Introdução à Cortina do Sótão (2011, Sinewave) a banda paranaense investe em um trabalho que mesmo afundado em sons sutis e paredões instrumentais tomados de delicadeza acaba se projetando como um álbum muito mais fácil e que parece voltado para hipnotizar qualquer um que jamais tenha se esbarrado com os ruídos do grupo. Denso, ao mesmo tempo que extremamente volátil, o disco vai aos poucos tricotando uma trama instrumental calorosa, adornada de sons que se projetam de forma detalhista, porém direta em sua essência.

Havia de forma bastante perceptível em cada segundo que conduzia A Praia, ou mesmo o EP de 2004, Série Cinza, uma espécie de composição atmosférica na musicalidade do grupo. Cada uma das músicas presentes no disco pareciam de forma lenta se entrelaçar, como se de fato todas as canções fossem na verdade uma única criação, apenas fracionada de forma organizacional. Mesmo a ordem das canções dentro do álbum pareciam se comportar de forma exata, como se fosse praticamente impossível apreciar o trabalho sem a específica temática e posição estipulada no decorrer do disco.

Em seu novo álbum, entretanto, o quinteto explora uma temática completamente oposta, tanto na maneira como as canções são espalhadas ao longo do registro, como na própria instrumentação que dita o rumo das faixas. Cada uma das seis canções presentes no disco caminham por uma via própria, como se fossem elas donas de seus próprios caminhos e não o quinteto que as gerencia ou mesmo a própria atmosfera do trabalho. Essa escolha resulta em um trabalho mais livre, menos conceitual, porém não menos interessante ou vasto, afinal, cada composição que se projeta ao longo do registro carrega as mesmas experiências dos dois álbuns anteriores, talvez até de forma muito melhor resolvida e dinâmica.

Ao contrário do que parecia movimentar os antigos registros da banda, em Introdução à Cortina do Sótão torna-se possível sentir e apreciar cada instrumento que vai se desdobrando no desenvolvimento das composições. Diferente das antigas criações do grupo, em que todos os elementos da faixa pareciam se aglutinar em prol de um som mais cerebral e intransponível – ouça Praieira e perceba como todos os sons se convergem para um ponto único da música -, com o atual registro ou mais especificamente em músicas como Petit Pavé e O Prestidigitador é possível perceber cada mínimo elemento das canções, como se mesmo existindo uma convergência final, cada instrumento se manifestasse em um espaço próprio.

Introdução à Cortina do Sótão não é um trabalho nem melhor, nem pior do que seu antecessor, apenas um registro que partilha dos mesmos princípios temáticos e instrumentais, porém opta por um rumo diferenciado. De maneira inegável o álbum se propõem de forma completamente não hermética, reproduzindo harmonias instrumentais que poderiam compor as bases de qualquer grupo contemporâneo que delimite suas bases no rock alternativo. Despojado e surpreendentemente encantador, o álbum apenas comprova a versatilidade do quinteto curitibano, não mais um grupo que merece as atenções de algum seleto nicho, mas uma banda que merece os olhares e os ouvidos de todos os públicos.

Introdução à Cortina do Sótão (2011, Sinewave)
Nota: 8.2
Para quem gosta de: Labirinto, Constantina e A Banda de Joseph Tourton
Ouça: Esquimó e O Prestidigitador"

Originalmente publicado aqui.

domingo, 4 de setembro de 2011

Defenestrando - Introdução à Cortina do Sótão (por Felipe Gollnick)


"Não chega a ser uma parede ou uma barreira sonora, mas Zarabatana, a primeira faixa de Introdução à cortina do sótão, o novo disco do grupo de rock instrumental ruído/mm, começa com uma certa elevação de som. No mínimo uma pedra no caminho. Se a primeira faixa do disco é uma curta introdução de clima tranquilo, Zarabatana faz o disco começar todo de uma vez e meio rápido. Você só viu a pedra no caminho depois que já estava tropeçando nela.

Segundo a Wikipedia e o Dicionário Informal, Zarabatana é uma arma de sopro. Um tubo oco pelo qual são soprados dardos ou projéteis. Os tiros podem atingir grandes velocidades e distâncias. Mas o nome antigo da mesma música, Mariachis, parece ter mais a ver com ela. Há algo em sua estética que relembre do clichê mexicano: calor, areia, sombreros, deserto. E esse começo seco e duro dos primeiros segundos lembra milhares de agulhadas de uma tempestade de areia. Depois dela, a bonança, a escaleta tocada por Alexandre Liblik (falaremos mais dele aí para frente), a calma. O vento parou e fica tudo em silêncio até que surja a primeira parede sonora do disco, formada por 1) a guitarra de André Ramiro gritando aguda e profundamente, como se um grão de areia da tempestade tivesse chegado ao osso e fosse a maior dor possível -- essa guitarrinha aproxima Introdução à cortina do sótão ao post-rock; 2) a guitarra grave de Pill gritando "porra!" entre os dentes e o vento, mas ficando apenas incomodada com a tempestade; e 3) o grave do baixo incrivelmente calmo de Rafael Panke, que parece nem se incomadar com tudo aquilo, ou ainda, imponentes, talvez sejam estas notas graves as responsáveis pela construção e arquitetura da tempestade.

De repente, como um herói, surge um piano. A tempestade imediatamente começa a enfraquecer e acaba poucos instantes depois. Volta o calor infernal do deserto, mas pelo menos as agulhadas de areia pararam.

Assim começa a Introdução à cortina..., o sucessor do muito bem falado A Praia (2008). Mas se o disco anterior falava (murmurava) sobre os problemas e as impossibilidades da vida -- ou pior, sobre o medo de enfrentá-la -- Introdução à cortina resolve escapar do incômodo momento em que se hesita perante as dificuldades e parte para o enfrentamento delas. Analisa que coisas boas e ruins podem acontecer e conclui, emocionado, que é pela chance de tudo dar certo que vale a pena enfrentar os problemas da vida.

Mesmo sem palavras, é sobre essa decisão feliz e emocionada que os instantes finais de Zarabatana parecem tratar.

Petit Pavé, a terceira faixa do disco, resolve ir ao enfrentamento. Tal qual as tramas complicadas dos calçamentos do nome da música, a tomada de uma decisão é sempre um processo complexo. Cada caminho leva a uma nova escolha, a novas bifurcações, a novas dúvidas.

Agora, falando sobre a estética da música, Petit Pavé é uma caminhada por morros verdes e céu nublado. Mas antes da sensação de calma e paz por se presenciar uma paisagem bonita, o que temos aqui é uma certa angústia de se estar perdido e sem saber para onde ir (vida?). De repente você passa por uma colina pela qual jura ter passado há trinta minutos atrás, mas descobre, perplexo, índios eletrônicos em ritual de dança que não estavam ali antes (para quem quiser ver com os próprios olhos, eles estão entre 2:01 e 2:30).

Esquimó é a penúltima música do disco. É aqui que voltamos a falar sobre o piano de Alexandre Liblik. Decisão acertada essa do ruído/mm de botar um pianista na banda. Liblik, deixe-se bem claro, não é tecladista, mas exímio pianista (pelo menos dentro do âmbito roqueiro a que avalio).

Se antes, em A Praia, sem o piano de Liblik, o ruído/mm era uma grande banda de um disco excelente, com Liblik e a Introdução à cortina do sótão o ruído sobe vários degraus e chega ao status de, sei lá, banda superior. É aquele ponto em que há deslumbramento. É o ponto em que se evolui e se faz uma música complexa, de díficil compreensão, e assim mesmo há a aceitação de público considerável. É um ponto em que você transmite mensagens inteiras (quiça sentimentos completos) sem dizer uma única palavra.

É o piano que começa O Prestidigitador, a última e mais ensolarada faixa do disco. Nela há, além da nova aparição dos índios eletrônicos de Petit Pavé, a sensação de que tudo passou, afinal. Os problemas foram enfrentados. As nuvens sumiram, você está nas mesmas colinas verdes de antes, mas agora está tudo ensolarado. E você sabe muito bem onde está. Sorriso no rosto, na alma. Deu tudo certo.

Dizer que Introdução à cortina do sótão é um grande disco é pouco. O terceiro lançamento do ruído/mm está para além de "bom", "ótimo", "excelente". É um disco que, para fazê-lo não basta ser ótimo músico ou compositor. É preciso ser louco, e depois disso ser são, e depois ainda desenvolver a capacidade de transitar com desenvoltura entre a loucura e a sanidade, a vida e suas complexidades, os problemas e suas soluções. Aí sim, depois disso tudo, transpor com leveza e descompromisso as experiências obtidas para guitarras, pedais e partituras. E ter feeling."

Veja a publicação original aqui.

sábado, 3 de setembro de 2011

Release - Fotos - 2011

por Mariana Zarpellon

 por Mariana Zarpellon

por Mariana Zarpellon

Release - Introdução à Cortina do Sótão - 2011


por Guga Azevedo

Conheça Introdução à Cortina do Sótão, terceiro disco da banda ruído/mm
 
Resumo:

A banda curitibana ruído/mm (ruído por milímetro, escrito em letra minúscula mesmo) realiza em 2011 o lançamento de seu terceiro disco, Introdução à Cortina do Sótão. Uma reunião de valsas distorcidas com a vontade de contar novas histórias. Nos últimos anos, eles tocaram em diversas cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e tiveram o alcance de suas músicas instrumentais amplificado pelo trabalho de jornalistas, blogueiros e admiradores de dentro e fora do país. Introdução… entra na discografia do ruído na sequência de A Praia (2008) e do EP debut, Série Cinza (2003).

Historinha:

Era uma dessas frias noites curitibanas, em frente a um bar da rua Trajano Reis, Giva e Liblik falavam animados sobre como a capa do disco* tinha ficado legal, e deixava clara uma intenção ainda não pensada por eles. “Ficou bem post-rock, né? Agora assumimos de vez… Mas mal sabem eles [as pessoas] que o disco não tem nada disso”, comentou Giva.

O diálogo entre o baterista e pianista do ruído/mm era uma extensão do que já rolava na lista de e-mails da banda. O álbum Introdução à Cortina do Sótão é o fim de um ciclo de mudanças e amadurecimento, que registra os caminhos por outros ritmos percorridos por eles nos últimos anos. O tal post-rock e distorções continuam lá, mas em um cenário simplificado e bem resolvido.

O terceiro disco reúne novas composições com o material que já fazia parte do repertório ao vivo do ruído e que não entrou no trabalho anterior deles, o elogiado álbum A Praia, de 2008. A gravação e produção é toda curitibana** e a distribuição virtual será feita pelo selo Sinewave (http://www.sinewave.com.br), com download liberado junto com toda a discografia da banda.

Diferentes frentes que formam um mosaico inicial de nascimento do Introdução…, ainda com a possibilidade de virar um documentário, portal virtual e assim seguem os ruídos por aí.

Além de Giovani “Giva” Farina (bateria) e Alexandre Liblik (piano), a nova formação do ruído conta com Rafael Panke (baixo), Ricardo “Pill” Oliveira (guitarra) e André Ramiro (guitarra). O conjunto ficou robusto e seguro com a condução das composições e na síntese das referências. Uma nova fase arejada, protegida e intermediária… Exatamente como aquele espaço que divide nossas confortáveis vidas com um céu infinito que paira sobre os telhados de nossas casas.

*A arte da capa do disco é trabalho da fotógrafa Mariana Zarpellon e do designer Jaime Silveira.

**As etapas de produção e gravação foram acompanhadas de perto e registradas por Felipe Gollnick, responsável pelo blog Defenestrando (http://www.defenestrando.com).

Formação:
  • André Ramiro: guitarra
  • Giovani Farina: bateria
  • Rafael Panke: baixo
  • Ricardo Pill: guitarra
  • Alexandre Liblik: piano, teclado e escaleta


ruído/mm na imprensa

“ruído/ mm é dessas bandas que parecem conseguir olhar para todo lado, a todo momento, como se estivessem constantemente em um campo aberto de lucidez, climas e imagens: uma praia, talvez.” Claudio Szynkier / TRAMA VIRTUAL

“O ruído/mm é um clássico recente do nosso rock instrumental. Espacial refinado, camadas de ruídos, de outros sopros suaves; andamentos refinados, alguma coisa de jazz, outra de câmara; melodias bonitas, folia de instrumentos e senso de conjunto bem raro.” Rodrigo Maceira / Blog da MTV

“Basta fechar os olhos e deixar-se levar pela suavidade de 'Sanfona' ou 'Praieira' e a épica e alucinante canção que nomeia o disco, ambas que arrepiam durante seus mais de nove minutos cada uma.” / Revista O GRITO

“Sem dúvida é um dos grandes grupos instrumentais do Brasil” / Portal BEM PARANÁ

“Uma delas é 'Sanfona', do bombástico disco A Praia, que os jovens curitibanos do ruído/mm acabam de assinar. A 'praia' aqui é post-rock-loucura, com sanfona, harmonias e climas muito particulares.” / Radio UOL 

“Seu som quase indescritível impressiona por sua consistência, abrindo possibilidades para várias interpretações.” Murilo Basso / SCREAM AND YELL

“A nota de um integrante dá vazão ao acorde de outro, e assim começa uma conversa em que cada um sabe criar, argumentar, responder e enfim pontuar.” / BANANA MECÂNICA

“'Valsa dos Desertores' abriu o set e a viagem musical. Com influências diretas de Mogwai – passando por Yo La Tengo e Debussy – baixo, bateria, escaleta e sanfona colorem o peso de quatro guitarras, criando uma rede de sons viscerais que ora são drama, ora explosão.
Cristiano Castilho / GAZETA DO POVO

“Sabonetes, Heitor e Banda Gentileza e as excelentes ruído/mm (lê-se ruído por milímetro) e Copacabana Club são as bandas escaladas para o evento, que rola no clube Inferno” /  FOLHA DE SP – ILUSTRADA


Discografia:
  • "Série Cinza" EP 2003 (independente)
  • "Índios Eletrônicos"  EP 2005 ao vivo (independente)
  • "A Praia" Álbum 2008 (Open Field/Peligro)
  • "Introdução à Cortina do Sótão" Álbum 2011 (independente/Sinewave) 
Paralelos:

Vídeos:

Principais shows:
  • Conexão Vivo (2010) - MG: Festival Pequenas Sessões
  • Sesc Pompéia (2010) – SP: Projeto Prata da Casa
  • Sesc da Esquina (2009) – PR: Projeto Som da Cidade
  • Oi Expressões (2009) – PR: Headliner na edição paranaense
  • Inferno Club (2009) – SP: Festa “Curitiba vai pro Inferno”
  • Festival Macondo (2008) – RS: Santa Maria
  • Música Livre (2007) – SC: Teatro Álvares de Carvalho
  • Show de abertura da banda americana Medications em Curitiba (2007)
  • Shows da Série “Ruído Corporation” com bandas de outros estados (2007)
  • Festival Rock de Inverno (2005 a 2009) – PR: Escalado em todas as edições
  • Top Festival (2005) – PR: Em praça pública em União da Vitória
  • Perhappiness (2005) – PR: Festival de Literatura de Curitiba
  • Festival National Garage (2004 a 2008) – PR: Escalado em todas as edições

Palco dividido com artistas como:

Hurtmold, Do Amor, Mombojó, Medications (USA), Transcargo (UK), Comunidade Ninjitsu, Ludovic, Copacabana Club, Labirinto, Fóssil, Colorir, Sol, Soda Café, La Carne, Constantina, Debate... além de bandas locais em uma grande série de concertos.

Contato: 

André Ramiro: (21) 8087-8496
Ricardo Pill: (41) 9678-5709
Rafael Panke: (41) 9907-6611

ruído/mm - Introdução à Cortina do Sótão


Lançamos pela net label Sinewave nosso novo disco, Introdução à Cortina do Sótão.

Você pode entrar lá e baixar gratuitamente: http://sinewave.com.br/2011/09/ruidomm-introducao-a-cortina-do-sotao-2011/

Gazeta do Povo - Caderno G - Banda ruído/mm lança disco na Casinha (por Rafael Costa)



"O álbum Introdução à Cortina do Sótão traz o grupo curitibano em uma fase de arranjos mais claros e novos elementos

Publicado em 03/09/2011 | Rafael Costa

A banda curitibana ruído/mm (ruído por milímetro, grafado em minúsculas) lança o seu terceiro disco hoje, a partir das 17 horas, no espaço cultural Casinha. O álbum Introdução à Cortina do Sótão, gravado de forma independente e que será distribuído digitalmente pelo selo Sinewave (www.sinewave.com.br), traz seis músicas instrumentais que mostram a banda em uma fase de arranjos mais claros e com novos elementos, mas ainda mantendo as distorções e efeitos das guitarras que caracterizaram a sonoridade do elogiado disco anterior, A Praia, de 2008.

Introdução à Cortina do Sótão traz estruturas mais simples e arranjos mais inteligíveis, com espaço para cada instrumento soar, sem perder a força da “parede sonora” criada pela soma das guitarras do grupo. Do choque entre o clima de meditação preparado por “Ciclotimia” e o peso das distorções em “Zarabatana”, passando pelo clima pop rasgado por mais distorções em “Petit Pavé”, a passagem súbita de momentos de clímax a temas quase despretensiosos é uma das marcas do disco. Vale destacar também os timbres marcantes de teclados e texturas sonoras em “Valsa dos Desertores”, “Esquimó” e a quase balada “O Prestidigitador”. Referências ao jazz e ao estilo tex-mex, por exemplo, caracterizado fortemente por um sample de trompetes, aparecem em formas mais literais no novo trabalho.

“As composições tendem a ser imagéticas – de certa forma, cinematográficas. Pode-se até fazer um paralelo com cortes do cinema. A construção do clima e o contraste causam esse efeito”, explica o baixista Rafael Panke, para quem o “pós-rock” que costuma classificar o grupo aparece em trechos das músicas, mas não limita a sonoridade da banda – que procurou “mais espaço para luz” no novo disco. “Não seguimos postulados. Se achamos que vai soar bem, inusitado, usamos. É intuitivo”, diz.

Serviço:

ruído/mm e Audac. Casinha (R. São Sebastião, 784, fundos). A entrada custa R$ 15 ou R$ 20, com direito ao CD.

Introdução à Cortina do Sótão. ruído/mm. Independente/Sinewave. Rock. GGG1/2"