segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ruído/mm e Belo Horizonte

É meus amigos, não é nem um pouco fácil voltar assim, tão de repente de um sonho dos mais perfeitos. Final de semana (27-29/08) estivemos em Belo Horizonte participando do belíssimo festival "Pequenas Sessões". Foi talvez o evento mais organizado em que o ruído/mm participou. É gratificante ver pessoas preocupadas com o bem-estar do grupo, não deixando afetar em nada o produto final que é a música de qualidade. Daniel Nunes, Cinara e Lisa estão de parabéns. Vocês proporcionaram momentos inesquecíveis. Se tem algo que tenho guardado é a responsabilidade de trazer novamente a Curitiba o grupo Constantina. Martelo batido!

Quanto aos shows, em breve postaremos fotos, vídeos e o que mais pudermos. Sei que nos concertos de sábado, no teatro da biblioteca pública, Constantina e ruído/mm fizeram uma noite histórica. Até gente pra fora ficou, infelizmente. O ruído/mm abriu a noite e realmente abrimos tudo, sem medo e sem vergonha (rs). É o que sabemos fazer, mesmo que os técnicos de som fiquem chateados, até porque a referência máxima desses profissionais é praticamente um ponto em meio a tanta variação experimental. Mas o show foi bacana, mesmo com alguns problemas técnicos que me envolveram diretamente (ou problema no amp durante a música Folk ou no meu sistema, preciso ver ainda isso). Mas tudo rapidamente solucionado com a perfeição de toda a organização do evento. Depois veio o grupo Constantina e, sério, foi além da perfeição! Tá pau-a-pau com Hurtmold (se já não ultrapassou os malucos). Sonzera belíssima, refinada, enérgica, de extremo bom gosto. Um grupo que merece estar em destaque, em festivais e teatros do Brasil todo. Em Curitiba eles terão data já já... No final do show, os mineiros convidaram os tímidos paranaenses para um batuque do bom e fechamos a noite com chave de ouro. Mágica? Acho que sim, afinal não existe outra palavra para descrever tudo isso.

É difícil para um membro dessa festa discorrer sobre tudo o que aconteceu sem uma gota de emoção. Espero ler algumas palavras daqueles que ali estiveram como ouvintes. Porém, tenho certeza que a mágica foi disseminada para todos e que eventos como esse mantenham-se operantes por um bom tempo de vida, sem falsos alarmes, egos extremos e falsas badalações. Um evento verdadeiro, com um objetivo específico: levar a boa música aos bons ouvidos. Vida longa às Pequenas (mas imensas) Sessões!

(André Ramiro)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Jornal O Tempo (BH) - Terreno de experimentação (por Daniel Barbosa)



Terreno de experimentação
DANIEL BARBOSA

Instrumental, experimental e livre - são as únicas classificações possíveis de se aplicar ao tipo de som praticado pelas bandas que compõem a programação do Pequenas Sessões, evento que acontece de hoje a domingo, no Teatro Municipal de Sabará e no Teatro da Biblioteca Pública Estadual, em Belo Horizonte. Com três edições realizadas ao longo de 2008, em datas distintas, o que nasceu como um projeto de intercâmbio musical, criado pelo selo mineiro Le Petit Chambre, volta à carga agora com formato de festival, amparado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e sob os auspícios do Conexão Vivo.

Daniel Nunes, diretor do Le Petit Chambre, diz que o Pequenas Sessões nasceu como um canal de diálogo entre as bandas e projetos que compõem o cast do selo - Constantina, Lise (das quais ele faz parte) e Barulhista - e grupos de outros Estados que militam na mesma seara. "Queríamos trocar informações e experiências com artistas que não são conhecidos, não estão no mainstream e que, como a gente, trabalhassem com música instrumental experimental, o que eu também gosto de chamar de música atual", diz.

Ele destaca que, dentro desse conceito, o universo de gêneros é o mais amplo possível, indo do jazz ao punk, do eletrônico ao art-rock, da música ambiente à psicodelia, incluindo as interseções com o vídeo e com a webarte. "São propostas musicais que abarcam todas essas referências, transitando livremente por elas", aponta.

André Ramiro, guitarrista da banda curitibana Ruído/mm (Ruído por Milímetro), considera que seu grupo se enquadra perfeitamente na proposta do Pequenas Sessões, justamente por não se encaixar em estilo nenhum. "Não sei bem o tipo de música que a gente faz, não cabemos em rótulo nenhum. Temos influências que vão do erudito ao punk. O que a gente tenta é capturar o ouvinte o tempo todo, então são muitas variações. Nosso desafio é organizar o barulho, o ruído, que pode ser musical e melódico", situa, acrescentando que o intercâmbio entre os grupos que investem nessa mesma estética musical começa a se fortalecer. "Pelo menos o suficiente para sermos convidados para um festival como esse", diz.

Richard Ribeiro, baterista que toca com Maurício Takara e com o grupo SP Underground, e que comparece ao Pequenas Sessões com seu projeto Porto, reforça o caráter libertário das bandas que compõem a programação. "A definição do que eu faço com o Porto depende de quem ouve. Tem gente que fala que parece Pink Floyd e tem gente que identifica jazz no meu trabalho. Obviamente que a gente pode classificar como instrumental, mas o que pesa mesmo é o desejo de arriscar o que não é convencional", destaca, saudando o evento. "Não é comum você ver isso, um festival com estrutura legal e que tem abertura para esse tipo de som".

Programação
Hoje. M. Takara 3 (SP) e Constantina (MG), no Teatro Municipal de Sabará (rua Dom Pedro II, 400, centro de Sabará)
Amanhã. Porto (SP) e Lise (MG), no Teatro da Biblioteca Pública (pça. da Liberdade, 21, Lourdes)
Sábado. Ruído/mm (PR) e Constantina (MG), no Teatro da Biblioteca Pública
Domingo. Juan Stewart (Argentina) e Lise + L-ar (MG) e Barulhista (MG), às 17h, no Teatro Municipal de Sabará
* Todos os shows acontecem a partir das 20h30, exceto o indicado, e têm entrada franca

Jornal Uai - Festival apresenta música sem rótulos em BH e Sabará



Pequenas sessões chega à terceira edição e inclui cidade histórica no roteiro. Grupos independentes têm repertório diversificado.

Tem música nova em Belo Horizonte. Quem garante é o músico Daniel Nunes, de 28 anos, idealizador do festival Pequenas sessões, promovido hoje e domingo, no Teatro Municipal de Sabará; amanhã e sábado, no Teatro da Biblioteca Pública, em Belo Horizonte. Trata-se de “música livre”, explica o coordenador do projeto. Isto é: criações predominantemente instrumentais, mas não só, que não se baseiam em rótulos, não seguem estilos, trabalham muito com improvisação e mesclam estéticas.

Exemplos dessa perspectiva, conta Daniel Nunes, podem ser vistos nos grupos que vão se apresentar no festival Pequenas sessões. São eles: M. Takara 3 (SP); Ruído/mm (PR); Porto (SP); Lise Lar e Constantina (MG); e o argentino Juan Stewart. Grupos, explica, que fazem música que dialoga com a eletrônica, o rock, a ambient music. “É musica atual, projetos solos ou de bandas que utilizam várias referências, em alguns casos inclusive elementos extramusicais, como projeções em tempo real”, explica. O resultado, acrescenta, é diversificado. Fontes são o ruído, a rítmica (“pulsante e até dançante”) e também a melodia.

“É ainda uma forma diferente de compor”, observa Daniel Nunes. “São músicos que não veem o instrumento de forma convencional,” explica. Exemplos, aponta, podem ser o uso da guitarra para criar texturas (e não melodias) ou a utilização de dois instrumentos (bateria e metalofone) como se fossem apenas um. Artistas que abriram espaço para a nova estética, para Daniel, são autores como Edgar Varése, Hermeto Pascoal, Uakti, John Cage, Steve Reich, entre outros. “E grupos atuais, pouco conhecidos, como o canadense Broken Social Scene”, acrescenta. “A música, por mais que neguem, está passando por momento rico”, avisa.

O Pequena sessões foi criado em 2008, está em sua terceira edição e estreia em Sabará, graças a parceria com o coletivo Forceps. A proposta, conta Daniel Nunes, é reunir artistas que fazem música livre, com foco no instrumental (“mas há quem cante”) experimental. “É mostra de vanguarda. Prezamos artistas que fazem música independentemente de classificações e rótulos”, afirma, lembrando que o festival abriga desde projetos paralelos de bandas de rock até gente que tem formação acadêmica. Pela primeira vez, conta o idealizador, haverá registro do evento para posterior disponibilização.

Festival Pequenas sessões

Apresentação dos grupos M. Takara 3 (SP) e Constantina (MG), hoje, às 20h30; e de Juan Stewart (Argentina) e Lise Lar (MG), com participação de Barulhista (MG), no domingo, às 17h, no Teatro Municipal de Sabará, Rua Dom Pedro II, 400, Centro Histórico de Sabará. Entrada franca.

Em Belo Horizonte – Porto (SP) e Lise (MG), participação Dedig (MG), amanhã, às 20h30, e Ruído/mm (PR) e Constantina (MG), sábado, às 20h30, no Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Praça da Liberdade, 21, Funcionários, Belo Horizonte. Entrada franca.

Meio Desligado - Festival Pequenas Sessões: Vanguarda musical em BH e Sabará



"...No dia 28, sábado, o Constantina retorna ao palco e recebe a banda curitibana Ruído/mm, que fará seu primeiro show em MG. Com 7 anos de estrada, o Ruído/mm (pronuncia-se “ruído por milímetro”) não nega o nome: vai de calmas texturas a explosões ruidosas em misturas que unem psicodelia, jazz, pós-rock e até punk. Com três CDs lançados e preparando o próximo, o quinteto já foi elogiado por artistas do nível de David Byrne (ex-Talking Heads), que os classificou como uma das bandas mais interessantes da atualidade."

LAB - Disco da Semana - ruído/mm - Praia (por Victor de Almeida)



"São poucas as bandas brasileiras que conseguem a proeza de misturar peso e melodia, sujeira e harmonia. Nesse seleto grupo, figura a curitibana Ruído/mm (lê-se ruído por milímetro). Depois de lançar “Série Cinza” (2004) e “Índios Eletrônicos EP” (2005), o grupo trouxe ao mundo “A Praia”, disco lançado em 2008 pelo selo Open Field/Peligro.

O disco abre com a loucura de “Praieira”, faixa que mescla guitarras distorcidas com experimentações sonoras, passando por momentos mais calmos, outros mais acelerados e dando até uma certa puxada para um ska.

A música, com seus incríveis 9min 33seg não é nenhuma surpresa dentro dos padrões da música instrumental brasileira, mas as mudanças climáticas são muitas durante a viagem sonora e surpreendem a cada ocorrência.

De certa maneira a viagem sonora proposta em “Praieira” dá o clima do disco. Belas passagens são quebradas por muito noise e microfonia, gerando ruídos dos mais diversos.

A faixa mais bonita do disco, “Sanfona”, tem um acordeom que dá um clima enquanto a banda soa delicada e vai numa crescente para o final explosivo com direito a muita distorção e microfonia, coisa que a Ruído/mm faz muito bem, mostrando que o barulho está a serviço da construção melódica dos temas do disco.

“Novíssima” traz à tona as camadas de som sustentadas por guitarras e muito reverb. A levada de bateria mais acelerada faz contraponto com a peso da banda. Mas a introdução da música que sugeria algo mais cadenciado, mais uma vez leva ao caos sonoro. Uma boa para fãs de um bom noise.

Seguem as faixas “Caixinha de música”, um pequeno interlúdio com menos de um minuto de duração, “Célula Dois”, música mais forte do disco, e “Stravinsky Sky”.

E o disco termina exatamente como começou. Se a primeira faixa, “Praieira”, sugeria um viagem sonora de quase 10 minutos, a última música, “A Praia”, sugere o caminho de volta.

Mais caos, mais ruído, mais destruição numa faixa que mostra um pouco do potencial da banda em alternar momentos tranquilos e silenciosos com muita experimentação e noise.

“A Praia” não é mais um lançamento, foi lançado há dois anos, e por isso assim já soa como um pequeno clássico do novo rock instrumental brasileiro, mostrando que num caminho onde melodia e barulhos se fundem, o ruído é a saída. E a Ruído/mm sabia disso.

Para ouvir o disco: http://www.myspace.com/ruidopormilimetro
Para comprar o disco: http://www.peligro.com.br/"

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ruído/mm no Pequenas Sessões - BH

Festival Pequenas Sessões

Liberdade criativa é o que norteia as Pequenas Sessões,

projeto de música instrumental experimental que realiza sua primeira edição no formato de festival entre os dias 26 e 29 de agosto em Belo Horizonte e Sabará (cidade histórica da região metropolitana da capital mineira). Na programação, M. Takara 3 (SP), Ruído/mm (PR),Constantina (MG), Juan Stewart (ARG), Porto (SP) e Lise + L_ar (MG) formam um representativo panorama da produção contemporânea experimental brasileira e sulamericana, ao qual o público terá acesso gratuitamente (também pela internet, com transmissões ao vivo no site conexaovivo.com.br/aovivo).

Mais informações em: http://pequenassessoes.net/

Dia 26, quinta-feira
Shows: M. Takara 3 (SP) e Constantina (MG)
Local: Teatro Municipal de Sabará (Rua Dom Pedro II, s/n, centro histórico de Sabará)
Horário: 20h30

Dia 27, sexta-feira
Shows: Porto (SP) e Lise (MG), participação: Dedig (MG)
Local: Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa (Praça da Liberdade n21, Savassi, Belo Horizonte)
Horário: 20h30

Dia 28, sábado
Shows: Ruído/mm (PR) e Constantina (MG)
Local: Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa (Praça da Liberdade n21, Savassi, Belo Horizonte)
Horário: 20h30

Dia 29, domingo
Shows: Juan Stewart (Argentina) e Lise + L_ar (MG), part.: Barulhista (MG)
Local: Teatro Municipal de Sabará (Rua Dom Pedro II, s/n, centro histórico de Sabará)
Horário: 17h00

ENTRADA GRATUITA: A retirada dos ingressos acontecerá DUAS HORAS ANTES no dia e local de cada evento

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quer ganhar ingresso pro show?
Mande um e-mail para [email protected] com nome e RG.
Dois pares de ingressos serão sorteados. Moleza total!
abraços ruidosos!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ruído/mm no Wonka - Agosto 2010


O dia 20 de agosto será um bom teste para o quinteto, antes do show de Belo Horizonte, no projeto Pequenas Sessões. O concerto acontecerá no Wonka bar, tradicional casa de shows de Curitiba e parceira fiel do quinteto ruidoso. Uma noite com apenas ruído/mm no palco, mas com a participação da anti-festa Antipista. Apareça!