quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Scream & Yell 2.0 - Festival El Mapa de Todos, 2013 (por equipe Scream & Yell 2.0)


"Na sequência, a mais poderosa experiência do festival. Os curitibanos ruído/mm costumam ser associados ao pós-rock, mas é mais justo dizer que seu show é “pós-vida” – afinal, o que você pode fazer depois de presenciar daquela intrincada e majestosa alternância entre silêncio, texturas delicadas e explosões épicas? Os acordes que saíam da guitarra de Ricardo Pill no começo da apresentação podiam até remeter ao Explosions In The Sky, mas logo a personalidade do quinteto se fez (oni)presente no Opinião.

Foi um dos raríssimos casos em que se pode usar o verbo “mesmerizar” sem medo de soar ridículo. Porque foi isso que o ruído fez com os presentes: Fernando Rosa, organizador do El Mapa de Todos, permaneceu na frente do palco com um sorriso beatífico, interrompendo-o apenas para chamar minha atenção para a audiência emudecida e embasbacada atrás dele.

Não se via ninguém mexendo em seus celulares ou mesmo disperso pela casa, admirando as belas paisagens e possibilidades. Ao final da segunda música, o guitarrista André Ramiro perguntou ao público: “vocês estão bem?”. Ele se referia puramente à experiência auditiva, mas a questão podia se aplicar ao sensorial e emocional. Teve até quem precisasse dar um tempo na área externa para processar o efeito que a música deles causa. A verdade é que muita droga boa não faz o que o ruído/mm faz."

Publicado aqui.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Aube - O produtor Olivier Durand quer lançar uma coletânea de novas bandas curitibanas na França (por Antônio More/Gazeta do Povo)

"Por que Curitiba?

A escolha de Curitiba como cidade alvo de seu projeto passa pelas “maravilhas” da comunicação digital. Depois de trabalhar com bandas de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, Olivier percebeu uma unidade peculiar entre os sons que garimpava na internet para o programa de rádio que apresenta em Paris.

“Cavando na rede che­­guei ao som do Caio Mar­­ques. Fizemos contato digital. Fiquei muito interessado no jeito em que ele mistura um estilo clássico de compor canções com elementos de música eletrônica. E pelas letras, mesmo não entendendo tão bem o português, deu para perceber que ele era um cara legal de Curitiba”, conta.

Olivier então notou que muitas das bandas de que mais gostava eram de Curitiba. “Aqui talvez tenha um pouco mais de rock, alguma coisa mais dark, uma certa tristeza como ruído/mm”, cita. “Há também boa música pop, como Copacabana Club e o Bonde do Rolê, que vão para outro lado”, compara."

Publicado aqui.