sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Ruído Corporation promove seu primeiro festival
Depois de promover vários shows com convidadas de outras cidades, a Ruído Corporation produz duas noites exclusivamente com produção local
Depois de promover vários shows com convidadas de outras cidades, a Ruído Corporation produz duas noites exclusivamente com produção local. Ruído Corporation Fest é a primeira edição do festival produzido pelo pessoal da banda Ruído/mm, que acontece hoje e amanhã no Korova (Av. Batel, 906), reunindo diferentes sonoridades e públicos. No palco, só gente com estrada. Hoje tem OAEOZ (foto) com um repertório de canções inéditas e algumas antigas.O grupo completa sua primeira década de existência em outubro e prepara um documentário, além de estar em fase de acabamento de dois discos, com composições inéditas. A noite tem também a Excelsior, banda que também não faz muitos shows, portanto a noite é um boa oportunidade para se deliciar com as suaves e apuradas melodias criadas por Stradiotto, Rafael Martins, Dennis Nunes, JC Branco e Aline Roman. Para fechar a trinca musical, tem Heitor e Banda Gentileza e, claro, as peformances do Interlux Arte Livre. Amanhã é dia de Claudio Pimentel sair de tráz do balcão de seu bar e ir para onde ele mais gosta, o palco. É lá que ele comanda a nova formação da Plêiade, banda nascida nos anos 90 que ficou parada um tempão e está de volta agora para alegria dos fãs, com disco novo. Aliás, e esse lançamento oficial do disco quando sai? Será que Claudio vai deixar ele na gaveta por muito tempo ainda? O sábado tem ainda Sick Sick Sinners que abriga a maioria dos músicos da extinta Os Catalépticos fazendo o que sabem: colocar o povo pra pular no ritmo acelerado do psycho. A “dona” do festival não poderia ficar de fora e a Ruído que abre a noite de amanhã. Entre um e outro show, entra em cena a banda de um homem só, com o Chucrobillyman. A discotecagem é do DJ Adam. Ainda dá tempo de comprar ingresso mais barato para as duas noites, por módicos R$10. Na hora do show só vai ter individual, por R$7. Ingressos a venda na Vitrina, Nico’s Studio e Wassup Rockers .Informações: (41) 9915-6839. www.ruidocorporation.blogger.com.br.
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quinta-feira, 15 de março de 2007
Rock para todos os gostos - OBONDE
Não são apenas os fãs de música brasileira que têm opções das mais diversas neste final de semana. Os fãs de rock também estão bem servidos.
A sexta-feira é marcada por bandas underground (em maior ou menor escala) incluindo veteranas que ainda estão batalhando para gravar definitivamente seu nome entre os grandes artistas nacionais do gênero. Entre elas está a Relespública, que comemora seus 18 anos de existência no 92 TV Show (a nova encarnação da lendária casa de shows 92 Graus, que agora funciona no mesmo endereço onde antes estava o conhecido restaurante Porão Italiano).
A Reles faz um apanhado de músicas de diversas épocas, desde os primórdios da banda, até a fase mais recente, marcada pelo lançamento do DVD "MTV Apresenta Relespública". O show está marcado para as 22h. Antes, sobem ao palco, pontualmente às 21h, os meninos da banda Voláteis, formada por garotos com menos de 18 anos de idade, mas que têm como influências confessas a própria Relespública e bandas semelhantes como The Who e afins.
Mais tarde, os points são o Porão Rock Club e o Korova. No Porão, com ingressos esgotados, ocorre o tão esperado show da banda carioca Matanza, que não se apresenta em Curitiba há 6 anos, período em que assinaram com a Deck Disc e lançaram quatro álbuns.
O show promove o lançamento do recente CD "A Arte do Insulto", com músicas de títulos singelos como "Ressaca sem fim", "clube dos canalhas", "sabendo que posso morrer", "estamos todos bêbados" e a faixa título. O repertório também conta com músicas de trabalhos anteriores, como as conhecidas "ela roubou meu caminhão", "rios de whisky", "pé na porta, soco na cara", "interceptor v-6" e "bom é quando faz mal".
Como se pode concluir, o Matanza faz rock de macho, brucutu e arruaceiro, aliando country e hardcore, e mais influências de filmes de faroeste, vida e obra de Johnny Cash e cultura de caminhoneiro (dos Estados Unidos, vale lembrar, pois caminhoneiro brasileiro gosta mesmo é de música sertaneja). A abertura, não poderia ser mais apropriada: o sexteto Hillbilly Rawhide, de Curitiba, tocando estilos clássicos da música produzida no interior dos EUA, como country (alternativo), hillbilly, bluegrass, e músicas de bandoleiro em geral.
No Korova ocorre uma nova edição da Ruído Corporation, empreitada da banda curitibana Ruído/mm, que sempre traz para a cidade um artista de fora. Desta vez será a banda mineira Constantina, uma das representantes brasileiras do post rock, estilo consagrado mundialmente por artitas como Tortoise e Fugazi, aliando ao rock linhas de jazz, experimentalismo, improviso e psicodelia.
Sabatina dos dinossauros do rock
Já o sábado ficou reservado para grandes mestres do gênero, com pelo menos 25 anos de janela. Como já foi anunciado antes neste site, a banda paulista Ira! se apresenta em Araucária, região metropolitana de Curitiba, onde comemoram 25 anos de banda neste apresentação.
O município recebe pela primeira vez a banda, que, além dos trabalhos mais recentes, promete aos saudosistas hits nostálgicos, como ''Pobre Paulista'', ''Envelheço na Cidade'', ''Núcleo Base'', entre outros. O show acontece no Diesel Club, neste sábado, dia 17.
Por fim, Os Mutantes finalmente trazem a Curitiba a turnê de reunião da banda, que começou em Londres, no ano passado, e também já passou por São Paulo e Rio de Janeiro. Sérgio Dias (guitarra, vocais) e Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), integrantes originais, estão lá. A ausência sentida pelo público será a de Rita Lee, que recusou-se a integrar novamente o grupo e teve sua voz substituída por Zélia Duncan.
O ingresso está um tanto salgado, mas ainda assim vale muito a pena. Quem já assistiu a este show em São Paulo ou Rio de Janeiro garante que a banda está em ótima forma e tocando um repertório que não vai decepcionar os fãs.
Serviço:
- Relespública: show de de 18 anos da banda, com abertura dos Voláteis. Sexta-feira, a partir das 21h, no 92 TV Show (R. Des. Benvindo Valente, 280 - São Francisco). Ingressos a R$ 10 no local. Censura 18 anos. Reservas pelo telefone (41) 3308-2792.
- Matanza (RJ) e Hillbilly Rawhide: sexta-feira, a partir das 22h no Porão Rock Club (R. Carlos Cavalcanti, 1188 - São Francisco). Ingressos esgotados. Telefone (41) 3324-8678.
- Ruído/mm e Constantina (MG): sexta-feira, a partir das 22h30 no Korova Bar (Av. Batel, 906), Ingressos no local a R$ 6,00. Telefone (41) 8414-1717.
- Ira!: sábado, às 23 horas, no Diesel Club, que fica na rua Victor do Amaral, 1133, em Araucária. Ingressos a R$ 25.
- Os Mutantes: sábado, às 23 horas, no Curitiba Master Hall. Ingressos a R$ 90.
A sexta-feira é marcada por bandas underground (em maior ou menor escala) incluindo veteranas que ainda estão batalhando para gravar definitivamente seu nome entre os grandes artistas nacionais do gênero. Entre elas está a Relespública, que comemora seus 18 anos de existência no 92 TV Show (a nova encarnação da lendária casa de shows 92 Graus, que agora funciona no mesmo endereço onde antes estava o conhecido restaurante Porão Italiano).
A Reles faz um apanhado de músicas de diversas épocas, desde os primórdios da banda, até a fase mais recente, marcada pelo lançamento do DVD "MTV Apresenta Relespública". O show está marcado para as 22h. Antes, sobem ao palco, pontualmente às 21h, os meninos da banda Voláteis, formada por garotos com menos de 18 anos de idade, mas que têm como influências confessas a própria Relespública e bandas semelhantes como The Who e afins.
Mais tarde, os points são o Porão Rock Club e o Korova. No Porão, com ingressos esgotados, ocorre o tão esperado show da banda carioca Matanza, que não se apresenta em Curitiba há 6 anos, período em que assinaram com a Deck Disc e lançaram quatro álbuns.
O show promove o lançamento do recente CD "A Arte do Insulto", com músicas de títulos singelos como "Ressaca sem fim", "clube dos canalhas", "sabendo que posso morrer", "estamos todos bêbados" e a faixa título. O repertório também conta com músicas de trabalhos anteriores, como as conhecidas "ela roubou meu caminhão", "rios de whisky", "pé na porta, soco na cara", "interceptor v-6" e "bom é quando faz mal".
Como se pode concluir, o Matanza faz rock de macho, brucutu e arruaceiro, aliando country e hardcore, e mais influências de filmes de faroeste, vida e obra de Johnny Cash e cultura de caminhoneiro (dos Estados Unidos, vale lembrar, pois caminhoneiro brasileiro gosta mesmo é de música sertaneja). A abertura, não poderia ser mais apropriada: o sexteto Hillbilly Rawhide, de Curitiba, tocando estilos clássicos da música produzida no interior dos EUA, como country (alternativo), hillbilly, bluegrass, e músicas de bandoleiro em geral.
No Korova ocorre uma nova edição da Ruído Corporation, empreitada da banda curitibana Ruído/mm, que sempre traz para a cidade um artista de fora. Desta vez será a banda mineira Constantina, uma das representantes brasileiras do post rock, estilo consagrado mundialmente por artitas como Tortoise e Fugazi, aliando ao rock linhas de jazz, experimentalismo, improviso e psicodelia.
Sabatina dos dinossauros do rock
Já o sábado ficou reservado para grandes mestres do gênero, com pelo menos 25 anos de janela. Como já foi anunciado antes neste site, a banda paulista Ira! se apresenta em Araucária, região metropolitana de Curitiba, onde comemoram 25 anos de banda neste apresentação.
O município recebe pela primeira vez a banda, que, além dos trabalhos mais recentes, promete aos saudosistas hits nostálgicos, como ''Pobre Paulista'', ''Envelheço na Cidade'', ''Núcleo Base'', entre outros. O show acontece no Diesel Club, neste sábado, dia 17.
Por fim, Os Mutantes finalmente trazem a Curitiba a turnê de reunião da banda, que começou em Londres, no ano passado, e também já passou por São Paulo e Rio de Janeiro. Sérgio Dias (guitarra, vocais) e Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), integrantes originais, estão lá. A ausência sentida pelo público será a de Rita Lee, que recusou-se a integrar novamente o grupo e teve sua voz substituída por Zélia Duncan.
O ingresso está um tanto salgado, mas ainda assim vale muito a pena. Quem já assistiu a este show em São Paulo ou Rio de Janeiro garante que a banda está em ótima forma e tocando um repertório que não vai decepcionar os fãs.
Serviço:
- Relespública: show de de 18 anos da banda, com abertura dos Voláteis. Sexta-feira, a partir das 21h, no 92 TV Show (R. Des. Benvindo Valente, 280 - São Francisco). Ingressos a R$ 10 no local. Censura 18 anos. Reservas pelo telefone (41) 3308-2792.
- Matanza (RJ) e Hillbilly Rawhide: sexta-feira, a partir das 22h no Porão Rock Club (R. Carlos Cavalcanti, 1188 - São Francisco). Ingressos esgotados. Telefone (41) 3324-8678.
- Ruído/mm e Constantina (MG): sexta-feira, a partir das 22h30 no Korova Bar (Av. Batel, 906), Ingressos no local a R$ 6,00. Telefone (41) 8414-1717.
- Ira!: sábado, às 23 horas, no Diesel Club, que fica na rua Victor do Amaral, 1133, em Araucária. Ingressos a R$ 25.
- Os Mutantes: sábado, às 23 horas, no Curitiba Master Hall. Ingressos a R$ 90.
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Uma noite com a Ruído Corporation e a fúria rock do Ludovic
André Ramiro, João XXIII, Pill e Felipe Luiz e Giva estão de volta para a terceira edição da festa Ruído Corporation
André Ramiro, João XXIII, Pill e Felipe Luiz e Giva estão de volta para a terceira edição da festa Ruído Corporation. Hoje a banda deles, a ruído/mm, recebe mais visitas ilustres no Korova Bar para outra noite regada à energia vital do rock. A convidada desta sexta é a a paulistana Ludovic, comanda pelo incendiário Jair, banda que divulga seu segundo álbum e já é conhecida dos curitibanos de outras performances. Ano passado, tocou junto com a Charme Chulo no Porão Rock Clube, mostrando mais uma vez porque é considerada uma das revelações dos porões brasileiros.
Mas, seu debu na cidade foi há mais tempo. Há uns três anos, a então desconhecida Ludovic tocou no extinto Rephinaria, “apresentada” por outra conterrânea igualmente visceral, a La Carne. Naquela noite, o então trio, deixou as pessoas boquiabertas diante do modo ensandecido com que o vocalista – na época também baixista – se movimentava no palco, parecendo mesmo possuído por um espírito forte do (pós) punk rock – e olha que fazer frente ao La Carne não é fácil. Agora a banda está um pouco diferente, com Jair dividindo as responsabilidades e podendo se dedicar ainda mais aos seus vocais carregados, no melhor sentido. Tem sido assim que eles superam as dificuldades inerentes ao underground brasileiro e conquistados seus fãs. O primeiro registro do grupo foi o EP homônimo de 2001, ao qual se seguiu Servil, em 2004. Ano passado chegou o mais recente, Idioma Morto, via Travolta Discos. Com Servil, aliás, a banda ganhou pelo voto popular, o Prêmio Dynamite de Música Independente 2005 na categoria “melhor disco de indie rock”. Além das performances intensas e contagiosas no palco, o disco novo, como os outros, traz letras impactantes que fazem a diferença, tratando de temas pesados da vida adulta sem meios termos, nem passar a mão na cabeça, acertando direto no estômago, várias vezes. Desde o nascimento em 2000, foram várias as formações, que agora se firmou com Jair Naves (voz), Eduardo Praça (guitarra), Ezekiel Underwood (guitarra), Fábio Sant’anna (baixo) e Júlio Santos (bateria). A fama arregimentada em shows se espalhou e os levou aos principais festivais independentes do país, como o Goiânia Noise Festival (GO), Calango (MT) e Campari Rock (SP), onde dividiram o palco com nomes de peso como Supergrass, Nação Zumbi e o trio norte-americano Mission of Burma, influência confessa da banda (ao lado de Sonic Youth, Patti Smith, Joy Division e Fellini).
“Em uma época com tantos subgêneros dentro do rock, é até de se estranhar que a melhor definição para dar à banda seja simplesmente rock! Cru, intenso, furioso”, diz o jornalista Cleiton Sotte sobre a banda. Jair, também compositor, escreve muito bem e não parece disposto a fazer concessões pop. Não é acaso que o trabalho do grupo tem sido saudado com comentários do tipo: “A banda e o disco que ainda vão salvar o seu dia (...); Servil é um dos LPs mais bem sacados gravados no Brasil nos últimos 15 anos”; “Se você ainda não viu um show do Ludovic, arrependa-se enquanto há tempo”. Ou ainda, “As sutilezas melódicas só são sentidas no CD porque ao vivo o Ludovic pratica o caos. Já vi shows do Ludovic e nunca sobra pedra sobre pedra”, de Gastão Moreira; ou as palaavras de Lúcio Ribeiro: “O show mais perigoso do rock nacional”
Curitibana - Na Ruído mm também é evidente a evolução musical – e não só. Com a proposta de construir sua música a partir de muitas guitarras, efeitos, grunhidos e tudo mais encapados pelo mais puro noise, o grupo curitibano vem construindo sua fama pedra a pedra, e deu um passo diferente ao decidir virar, também, produtor, com esta propósta de shows em diferente endereços sempre com convidados especiais. O bom gosto tem dado o tom também das escolhas que ainda prometem muitas boas noitadas por aqui.
A próxima aliás, já está marcada, dia 10, no Porão Rock Clube, com a osasquense La Carne (aquela que nos apresentou a Ludovic) e o retorno da curitibana OAEOZ aos palcos, depois de um 2006 completamente parado em termos de shows – para abrir o ano em que vai comemora uma década de atividade e lançar novos trabalhos. Outros nomes estão acertados, entre eles: Constantina (MG), SOL (POA), La carne (SP), Hierofante Púrpura (SP), e outros em negociação, como input output (POA), supercordas (RJ). Quem conhece sabe, só coisa fina.
Um caldeirão experimental que possibilita a integração de diversos domínios artísticos como música, quadrinhos, artes plásticas, arte de rua, poesia, enfim, qualquer tipo de manifestação artística que não queira ser aplainada. De modo mais simples, nada mais é que um coletivo de produção artística, com o intuito de promover o cenário artístico local.
As festas da Ruído contam também com a participação dos artistas do Interlux Arte Livre, criando verdadeiros happenings - utilizando artes plásticas, vídeos, performances e arte de rua. Os cartazes também são um show, que fazem parte do conceito. O artista plástico e quadrinista DW está criando os 12 cartazes que, ao final, comporão uma obra de HQ. O primeiro deles, realizado em janeiro com o concerto da banda Colorir, foi a capa da revista. A partir do cartaz de fevereiro, o público poderá contemplar o início da trama e, no decorrer do ano, a história se completando. “É uma forma que achamos de dar mais brilho e simpatia às artes de cartazes, muitas vezes deixadas de lado pelas bandas brasileiras”, diz André Ramiro.
SERVIÇO
Ludovic e e ruído/mm. Dia 23. R$6. Korova bar (Av Batel, 906).
Mas, seu debu na cidade foi há mais tempo. Há uns três anos, a então desconhecida Ludovic tocou no extinto Rephinaria, “apresentada” por outra conterrânea igualmente visceral, a La Carne. Naquela noite, o então trio, deixou as pessoas boquiabertas diante do modo ensandecido com que o vocalista – na época também baixista – se movimentava no palco, parecendo mesmo possuído por um espírito forte do (pós) punk rock – e olha que fazer frente ao La Carne não é fácil. Agora a banda está um pouco diferente, com Jair dividindo as responsabilidades e podendo se dedicar ainda mais aos seus vocais carregados, no melhor sentido. Tem sido assim que eles superam as dificuldades inerentes ao underground brasileiro e conquistados seus fãs. O primeiro registro do grupo foi o EP homônimo de 2001, ao qual se seguiu Servil, em 2004. Ano passado chegou o mais recente, Idioma Morto, via Travolta Discos. Com Servil, aliás, a banda ganhou pelo voto popular, o Prêmio Dynamite de Música Independente 2005 na categoria “melhor disco de indie rock”. Além das performances intensas e contagiosas no palco, o disco novo, como os outros, traz letras impactantes que fazem a diferença, tratando de temas pesados da vida adulta sem meios termos, nem passar a mão na cabeça, acertando direto no estômago, várias vezes. Desde o nascimento em 2000, foram várias as formações, que agora se firmou com Jair Naves (voz), Eduardo Praça (guitarra), Ezekiel Underwood (guitarra), Fábio Sant’anna (baixo) e Júlio Santos (bateria). A fama arregimentada em shows se espalhou e os levou aos principais festivais independentes do país, como o Goiânia Noise Festival (GO), Calango (MT) e Campari Rock (SP), onde dividiram o palco com nomes de peso como Supergrass, Nação Zumbi e o trio norte-americano Mission of Burma, influência confessa da banda (ao lado de Sonic Youth, Patti Smith, Joy Division e Fellini).
“Em uma época com tantos subgêneros dentro do rock, é até de se estranhar que a melhor definição para dar à banda seja simplesmente rock! Cru, intenso, furioso”, diz o jornalista Cleiton Sotte sobre a banda. Jair, também compositor, escreve muito bem e não parece disposto a fazer concessões pop. Não é acaso que o trabalho do grupo tem sido saudado com comentários do tipo: “A banda e o disco que ainda vão salvar o seu dia (...); Servil é um dos LPs mais bem sacados gravados no Brasil nos últimos 15 anos”; “Se você ainda não viu um show do Ludovic, arrependa-se enquanto há tempo”. Ou ainda, “As sutilezas melódicas só são sentidas no CD porque ao vivo o Ludovic pratica o caos. Já vi shows do Ludovic e nunca sobra pedra sobre pedra”, de Gastão Moreira; ou as palaavras de Lúcio Ribeiro: “O show mais perigoso do rock nacional”
Curitibana - Na Ruído mm também é evidente a evolução musical – e não só. Com a proposta de construir sua música a partir de muitas guitarras, efeitos, grunhidos e tudo mais encapados pelo mais puro noise, o grupo curitibano vem construindo sua fama pedra a pedra, e deu um passo diferente ao decidir virar, também, produtor, com esta propósta de shows em diferente endereços sempre com convidados especiais. O bom gosto tem dado o tom também das escolhas que ainda prometem muitas boas noitadas por aqui.
A próxima aliás, já está marcada, dia 10, no Porão Rock Clube, com a osasquense La Carne (aquela que nos apresentou a Ludovic) e o retorno da curitibana OAEOZ aos palcos, depois de um 2006 completamente parado em termos de shows – para abrir o ano em que vai comemora uma década de atividade e lançar novos trabalhos. Outros nomes estão acertados, entre eles: Constantina (MG), SOL (POA), La carne (SP), Hierofante Púrpura (SP), e outros em negociação, como input output (POA), supercordas (RJ). Quem conhece sabe, só coisa fina.
Um caldeirão experimental que possibilita a integração de diversos domínios artísticos como música, quadrinhos, artes plásticas, arte de rua, poesia, enfim, qualquer tipo de manifestação artística que não queira ser aplainada. De modo mais simples, nada mais é que um coletivo de produção artística, com o intuito de promover o cenário artístico local.
As festas da Ruído contam também com a participação dos artistas do Interlux Arte Livre, criando verdadeiros happenings - utilizando artes plásticas, vídeos, performances e arte de rua. Os cartazes também são um show, que fazem parte do conceito. O artista plástico e quadrinista DW está criando os 12 cartazes que, ao final, comporão uma obra de HQ. O primeiro deles, realizado em janeiro com o concerto da banda Colorir, foi a capa da revista. A partir do cartaz de fevereiro, o público poderá contemplar o início da trama e, no decorrer do ano, a história se completando. “É uma forma que achamos de dar mais brilho e simpatia às artes de cartazes, muitas vezes deixadas de lado pelas bandas brasileiras”, diz André Ramiro.
SERVIÇO
Ludovic e e ruído/mm. Dia 23. R$6. Korova bar (Av Batel, 906).
por Adriane Perin - Jornal do Estado
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